terça-feira, 8 de março de 2011

Dia Internacional da Mulher

Nota do Presidente da ABRADES, Prof. Dr. César Nunes sobre o Dia Internacional da Mulher
Em 08 de março de 1857 um grupo de mulheres operárias numa fábrica de tecidos organizava uma greve por direitos iguais, salários dignos (elas recebiam um terço do que era pago aos homens), redução da jornada de trabalho (trabalhavam até 16 hs por dia). Foram duramente reprimidas. Foram cercadas no galpão da fábrica e queimadas por um incêndio cruel e criminoso. Em 1910 se definiu o 08 de março como o dia de luta pelos direitos da mulher. Em 1975 essa data foi assumida pela ONU. Não é uma data de comemoração, no sentido estrito. É uma data de reflexão, de avanço de consciência e organização de gênero. É uma data política de retomada da causa original, de produção de memória e de avanço jurídico, cultural e social. O capitalismo e seus tentáculos  arquetípicos, patriarcais, machistas, hedonistas e consumistas tem lutado para recalcar, olvidar, desconhecer o sentido original de 08 de Março. E tem a mídia, o marketing e o senso comum titanicamente lutado para alterar o sentido desse dia, mudando-o para uma variação sincrética que reúne sensos conservadores que articulam um tanto do piegas e consumista dia das mães,  do exotérico e medíocre dia da secretaria e um relativo apelo sentimentalóide genérico. Aceitar esse sentido é matar outra vez a memória política das 130 mulheres  operárias americanas carbonizadas em 1857. Significa fagocitar o sentido para negar a causa.
Video com a fala da Vice-Presidente da ABRADES, Profa. Dra Cláudia Bonfim, publicados em seu Blog Pessoal sobre Sexualidade Feminina na sociedade capitalista
 
 

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